quarta-feira, 22 de junho de 2016

Aprender por osmose, mentira!


Que fique claro de início, o processo  que ocorre quando uma substância líquida (solvente) passa de uma região mais diluída para uma região mais concentrada  por meio de uma membrana é conhecido como osmose(Se preferir, pode pensar que é o fluxo do solvente da região menos concentrada para mais concentrada).


Para não esquecer, lembre-se do sádico exemplo promovido pelas crianças, que por curiosidade ou por graça mesmo, jogam sal sobre o inocente e indefeso molusco gastrópode (LESMA).  Dessa maneira, a concentração de sal sobre a pele do bicho promove a osmose, isto é, o bichano elimina a pouca água (solvente) que tem disponível para tentar diluir a grande quantidade de sal da sua pele. Quase sempre o resultado é mortal.


Muito bem, é bastante comum escutar algumas pessoas dizendo: "só se eu aprender por osmose esse assunto" ou ainda " vou deitar a cabeça sobre os livros para tentar entender algo por osmose". 
Pois agora que o conceito de osmose já foi estabelecido, é notório que essas afirmações citadas são completamente equivocadas e não fazem sentido. Explicando melhor, se o livro ou caderno está recheado de conteúdo, de material útil enquanto a sua cabeça em contrapartida está bem menos ocupada em termos de conteúdo, isto indica que ela está mais diluída. 
Então teremos uma tragédia como desfecho. Uma cabeça diluída em contato com livro concentrado de conteúdo sentirá a ação da osmose, isto é, sua cabeça irá tentar diluir o conteúdo do livro, com isso você irá perder o pouco (solvente) que tem na sua cabeça. 


Moral da história: é mais fácil você desaprender por osmose do que aprender!

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Teoria da Colisão - Cinética Química


O que são e quais as diferenças dos choques efetivos e dos choques não efetivos?

Em geral, uma reação química acontece quando alguma substância se transforma em outra, isto é, quando reagentes se transformam em produtos. Mas isso de fato só acontece, de acordo com a Teoria das Colisões, quando entre as substâncias ou partículas dos reagentes existem colisões efetivas. Se a colisão ou choque for eficiente (efetivo), existirá a formação de novas substâncias (produtos), do contrário o choque será não-efetivo e não haverá novos compostos formados.

Dois critérios são fundamentais para caracterizar um choque efetivo: a energia e a orientação (geometria) favorável. A energia minima para a formação de produtos é denominada energia de ativação. 

Num choque efetivo  entre as substâncias dos reagentes, forma-se um estado temporário onde os reagentes não estão completamente sozinhos e ainda não se tem os produtos plenamente formados, este é um momento intermediário que surge uma mistura complexa entre reagentes e produtos, é o chamado complexo ativado.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Classificação de soluções

Antes da classificação é importante lembrar os conceitos de:
Soluto - substância presente em menor quantidade (em mol) na solução

Solvente – substância presente em maior quantidade (em mol) na solução 

CLASSIFICAÇÃO EM RELAÇÃO AO TAMANHO MÉDIO DAS PARTÍCULAS

SOLUÇÕES VERDADEIRAS – de 0 a 1nm
SOLUÇÕES COLOIDAIS – de 1 a 1000nm
SUSPENSÕES – acima de 1000nm


CLASSIFICAÇÃO EM RELAÇÃO A CONDUÇÃO DE ELETRICIDADE

Eletrolítica – conduz (substancias iônicas ou substâncias moleculares ionizadas)
Não eletrolítica – não conduz (substâncias moleculares)

SOLUÇÕES DEFINIDAS PELO PONTO DE SATURAÇÃO (COEFICIENTE DE SOLUBILIDADE).

-INSATURADAS
-SATURADAS
-SATURADAS COM CORPO DE FUNDO
-SUPERSATURADAS 

Coeficiente de solubilidade ou grau de solubilidade - é a quantidade necessária de uma substância para saturar uma quantidade padrão de solvente, em determinadas condições de temperatura e pressão.



#Insaturadas – contém menos soluto do que o estabelecido pelo coeficiente de solubilidade.

#Saturadas – atingiram exatamente o coeficiente de solubilidade.

#Saturadas com corpo de fundo – atingiram e ultrapassaram o limite estabelecido pelo coeficiente de solubilidade, presença de precipitado.

#Supersaturadas – ultrapassaram o limite estabelecido pelo coeficiente de solubilidade mas não apresentam corpo de fundo, pois foram resfriadas lentamente.

Imagem de Наталья Коллегова por Pixabay

Pedra nos rins ou cálculo renal

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Chuva ácida ou chuva de ácido?

É bem possível que você já tenha escutado em algum momento o termo chuva ácida. Mas o que de fato isso significa? Como a chuva fica ácida?


A resposta curta é: na atmosfera existem muitos gases, entre eles, alguns compostos classificados como óxidos. São esses óxidos que reagem com a água da chuva deixando-a ácida. 

Vale lembrar que essa acidez da chuva é relativa, talvez um pouco mais ácida que um café e menos que um suco de limão.

Quer saber quais são os óxidos?
Então anote: dióxido de carbono (CO2),  monóxido de nitrogênio (NO), dióxido de nitrogênio (NO2), dióxido de enxofre (SO2), trióxido de enxofre (SO3). A principal origem desses óxidos é a queima de combustíveis gerada pelos automóveis, indústrias ou usinas termelétricas.

Sobre os ácidos formados com a água da chuva, é necessário esclarecer que o ácido carbônico H2CO3 (H2O + CO2) é um ácido fraco, assim será comum observar a chuva levemente ácida, inclusive você mesmo pode produzi-lo assoprando com um canudinho dentro da água em um copo. 


Os maiores responsáveis pelo aumento da acidez da água da chuva são  na verdade os: ácido nítrico (HNO3), ácido sulfuroso (H2SO3) e ácido sulfúrico (H2SO4).

sábado, 2 de abril de 2016

Ligações Químicas

Iônica – formada pela transferência definitiva de elétrons.
Ocorre entre:
metal e não-metal 
metal e hidrogênio

Dá origem a compostos iônicos, que sofrem dissociação quando misturados com água e por essa característica todos os compostos iônicos são bons condutores de eletricidade em meio aquoso.
Para facilitar os estudos é sempre bom lembrar das famílias da tabela periódica e suas características básicas.
 Clique na imagem

Covalente - formada pelo compartilhamento de elétrons.
Ocorre entre:
não-metal e não-metal 
não-metal e hidrogênio
hidrogênio e hidrogênio

Dá origem a compostos moleculares, algumas substâncias desta categoria podem sofrer ionização quando misturados com água, este é o caso em que um composto molecular (que não é formado por íons) conduz corrente elétrica .

Metálica - formada apenas nos metais por átomos neutros e  átomos que perderam elétrons (cátions). Costuma-se associar os muitos elétrons livres a uma ideia de "mar de elétrons" mas o importante é compreender que por ter elétrons livres os metais são bons condutores de energia.


Para entender melhor a formação das ligações covalentes nos compostos e sua organização espacial, sua geometria molecular, abaixo é possível acessar o simulador online.

Geometria Molecular
Clique para Iniciar

Importante sobre Átomos


O mínimo sobre átomos

A palavra átomo tem origem grega  e significa algo que não pode ser dividido ou algo que não se pode partir. Acredita-se que esta ideia da matéria (tudo que tem massa e ocupa lugar no espaço) não poder ser dividida infinitamente tenha surgido com Demócrito na Grécia e compartilhada também por Leucipo. 

Abaixo uma pequena sequência cronológica sobre a evolução da ideia de átomo, para:

1- Uns gregos: Demócrito e Leucipo (origem do conceito átomo - 400 a.C.)


2- Dalton: esférico, maciço, indivisível, indestrutível.  (Modelo bola de sinuca - 1808)



3- Thomson: esférico, maciço, indivisível mas com cargas negativas grudadas numa superfície de massa positiva. (Modelo brigadeiro - 1903)


4- Rutherford: átomo não é maciço, possui elétrons em orbitas elípticas ao redor de um núcleo pequeno e positivo.  (Modelo Planetário - 1911)

5- Bohr: elétrons estão em camadas ou níveis de energia quantizados, orbitas circulares.  (Modelo uaí-faí - 1913)

Isso é o mínimo que você precisa guardar de informação sobre átomos. Evidentemente, se você nunca estudou nada sobre o assunto poderá ficar um pouco perdido, mas com certeza após ler sobre o tema as informações acima lhe servirão como palavras chaves para sua memória funcionar.